Recebi a
seguinte mensagem de uma desconhecida, postada num site de relacionamentos:
Sou uma mulher inteligente e vaidosa, que adora elogios. Foi a
que você encontrou. Como poderíamos descobrir o que mais temos em comum?
Alexander Graham Bell? MSN? Sinais de fogo? Avise-me. Beijo.
Como sei que as mulheres
adoram o meu senso de humor, respondi assim:
Minha
cara,
Sinais
de fogo?! Ah, sim, sinais de fumaça, como os índios fazem. Será que você
cometeu um ato falho freudiano? O “fogo” veio de alguma pulsão libidinal que
conseguiu driblar a repressão? ‘Tá bom, onde há fumaça há fogo, um charuto pode
ser meramente um charuto. Não se fala mais nisso...
Mas,
voltando ao assunto, sinais de fumaça podem ser mesmo a alternativa mais
confiável nestes tempos de apagão. Minha preocupação é a conversa me
entusiasmar tanto que eu acabe incendiando meu apartamento.
O
velho Alex? Não sei, não... Tenho fobia de telefone. Posso ficar nervoso demais
por falar com uma mulher tão inteligente, bem humorada, vívida e, mais do que
tudo, modesta, e acabar gaguejando, sem conseguir concluir uma frase sequer.
MSN?
Pode ser, mas vou ter que abrir uma nova conta para, como os super-heróis,
proteger a minha identidade secreta. Mas fique tranquila. Não sou Josef Mengele,
Hannibal Lecter ou dr. Jekyll, para citar alguns médicos famosos.
Outra
opção seria a telepatia. Claro! Se de fato nascemos um para o outro, podemos
nos comunicar usando apenas o poder da mente. Neste exato momento estou
pensando em você. Ih, não consegui ouvir seu pensamento! Mas não se preocupe.
Vou procurar meu otorrino e fazer uma revisão da minha audição. Se não
resolver, falo com meu psiquiatra e peço para ele reduzir a dose do Haldol®.
Loucos
beijos,
E.
Bem, pelo jeito, ela não
achou a menor graça. Até hoje não chegou nenhuma resposta dela...
15/11/2009
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